segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

II Mostra Atelier Vivaz – Publicação Correio Popular (Impresso 09/12/2013)

Texto por Delma Medeiros (Agência Anhanguera)
delma@rac.com.br 

Uma viagem pelo universo mágico da obra Alice no País das Maravilhas e uma coletiva com escultores novos e renomados da cidade podem ser conferidas nas exposições Um Chá com Alice, de Valéria Menezes, na Quadrante Galeria, e Sob o Céu Infinito, segunda mostra do Atelier Vivaz que apresenta uma coletânea de esculturas e objetos dos artistas Alois Hunka, Álvaro Azzan, Fabiano Carriero, Giló Silvatti, Gomes Heleno, João Bosco, Mirs Robinson, José da Silva e Tereza Vianna, com curadoria de Maria Inês Saba. Um Chá com Alice é um conjunto de instalações com pinturas, colagens e desenhos sobre tela, tecido e papel inspirados no universo do clássico de Lewis Carroll, publicado em 1865. 

Segundo Valéria, o universo de Alice, a menina que cai numa toca de coelho e é transportada para um lugar fantástico povoado por criaturas peculiares, foi uma das referências da sua formação intelectual e deu origem a uma série de obras. “É um livro que eu li quando criança, uma estória que ouvi em minidiscos de vinil. Tenho até hoje a fala do coelho branco gravada na memória: ‘É tarde! É tarde! É tarde até que arde. Ai, ai meu Deus, alô adeus, é tarde, é tarde, é tarde...’”, diz Valéria. “Depois de escolher esse projeto comecei a buscar informações sobre o autor e a história e li várias edições do livro. Me dediquei a criar uma narrativa nos meus desenhos e pinturas que fizesse com que as pessoas pudessem entrar em contato com o mundo de Alice”, completa a artista.

Com a proposta de continuar cumprindo o papel de propagador da Cultura, o Atelier Vivaz apresenta sua segunda exposição de peças e objetos que vão desde miniaturas até grandes esculturas. “Os artistas trabalham na abstração geométrica, alinhados a princípios concretistas, neoconcretistas e minimalistas”, diz a curadora Maria Inês. “As esculturas, como meio expressivo, nos questionam a todo o momento. Elas ampliaram seu campo criativo ao serem trabalhadas como instalação e objeto. Sendo assim, as esculturas pós-modernas ultrapassam o papel de ser apenas objeto de contemplação, mas se apresentam como uma simbiose complexa e participativa entre homem, comunicação, cidade, comportamento e principalmente desejo”, afirma, citando que os artistas buscaram desafiar os limites da arte propondo o uso de materiais diversos.