por Maria Inês Saba
O Atelier Vivaz cumpre o papel de propagador de Cultura, sendo
atualmente local de exibição e divulgação da Arte Contemporânea em
Campinas / SP. E mais uma vez abre suas portas para artistas novos e
renomados organizando a exposição II Mostra Atelier Vivaz – Sob o Céu
Infinito
A II Mostra é uma coletânea de escultura
contemporânea apresentada de forma inédita. Nesta exposição passam a
fazer parte no contexto das produções escultóricas da paisagem – um
jardim. Os diversos suportes que estendem o campo para um artista criar,
resgata o elo da escultura, perdido no modernismo, com o lugar que
ocupam neste espaço.
As peças, que vão desde miniaturas até
grandes esculturas, também mostram que as dimensões do espaço são uma
questão importante para os artistas de hoje. Trabalham na abstração
geométrica, alinhados a princípios concretistas, neo- concretistas e
minimalistas.
As esculturas como meio expressivo nos
questionam a todo o momento. Vale dizer, que elas ampliaram seu campo
criativo ao serem trabalhadas como instalação e objeto, especialmente
num espaço natural. Sendo assim as esculturas pós-modernas ultrapassam
o papel de ser apenas objeto de contemplação, mas se apresentam como
uma simbiose complexa e participativa entre homem, comunicação, cidade,
comportamento e principalmente desejo.
Assiste-se ao
desenvolvimento de uma abstração informal, de tendência lírica ou
onírica, e logo se nota que as obras deste grupo de artistas passam a
serem estruturas conceituais e que recuperavam elementos da arte
popular, cujas tendências e gêneros mistos de arte caminham num mesmo
momento acabando por se entrecruzar. Uma exposição formada por uma
variedade inextrincável de materiais, técnicas e recursos conceituais da
escultura, que se funde e se transforma em uma obra única.
Os
artistas plásticos Alois Hunka ,Alvaro Azzan, Fabiano Carriero, Giló
Silvatti , Gomes Heleno, João Bosco , Mirs, Robinson Jose da Silva e
Tereza Vianna , buscaram desafiar os limites da arte propondo o uso de
diversos materiais. Sua produção artística fértil propicia o
aparecimento de soluções sempre novas que se adaptam à evolução da arte e
da sociedade. Esta geração de escultores campineiros utiliza com
completa liberdade recursos e materiais novos oferecidos pela indústria e
tecnologia - as borrachas, concretos, madeiras entre outros materiais e
todo um enorme acervo de técnicas e formas herdadas da Arte, para
projetar suas obras numa releitura de mundo.
Resgatam o prazer
causado pela obra de arte, neste caso esculturas, que de certa forma, é
negligenciado pela era moderna. Ao vê-las se tem o prazer da percepção
da boa feitura da obra e do reconhecimento do objeto representado, nos
remetendo a transformação em opiniões - base e sustentáculo da
utilização da estética pelo consumidor de Arte.
A intenção das
obras tridimensionais surge como comunicação e aproximação da vida,
deixando leituras, narrativas e lacunas abertas que cabem ao observador
interpretá-las.
A II Mostra Atelier Vivaz – Sob o Céu Infinito
nos comprova a determinação idealizada pelo Ateliê Vivaz de ser
elemento inovador nas Artes Visuais e na Cultura de Campinas.